Ferramentas de Programação no Jardim de Infância e no 1º Ciclo do Ensino Básico turma C22/A3
Apresentação
A programação de computadores constitui uma competência fulcral para o desenvolvimento de capacidades de resolução de problemas, bem como do raciocínio lógico. Deste modo, a sua integração em idades precoces é considerada fundamental, sendo apontada como um dos vetores de intervenção estratégica do plano de ação para a empregabilidade digital por ser uma das competências que abrem oportunidades de empregabilidade e respondem a determinados desafios societais. A utilização do computador deve também ser vista como uma atividade que permite o desenvolvimento do pensamento computacional, através da possibilidade de resolver problemas do mundo real de forma criativa, não se centrando apenas na programação, mas, principalmente, nos aspetos de conceção, planificação e implementação, necessários ao desenvolvimento de um determinado projeto. Importa, portanto, promover aprendizagens significativas e contextualizadas, desafiando as crianças a irem para além da literacia digital básica e a desenvolverem competências multidisciplinares, reforçando a confiança nas suas capacidades. Apesar do foco na programação, é importante centrar o processo nas ideias, na criatividade, na colaboração e na resolução de problemas, assumindo uma perspetiva pedagógica inovadora e motivadora. Neste sentido, a oficina de formação visa atualizar e aprofundar as competências teóricas e experimentais dos educadores e professores que dinamizam, ou possam vir a dinamizar, atividades de desenvolvimento do pensamento computacional e de introdução à programação no 1º ciclo.
Destinatários
Professores dos Grupos 100 e 110
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 100 e 110. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 100 e 110.
Objetivos
- Refletir sobre relação do desenvolvimento do pensamento computacional, com as competências do século XXI; - Promover, em contexto de sala de aula/escolar, a realização de atividades interativas, colaborativas e incentivadoras da criatividade; - Construir atividades que desenvolvam o pensamento computacional, implementando-as em contexto sala de aula/escolar; - Desenvolver soluções codificadas, articulando o pensamento computacional com áreas curriculares do ensino básico e programando as respetivas soluções em ferramentas de programação por blocos; - Delinear atividades e estratégias de utilização de ferramentas de programação para crianças em contexto educativo, aplicando-as em contexto de sala de aula e refletindo sobre as práticas; - Avaliar as metodologias e as atividades construídas e implementadas, refletindo sobre as suas potencialidades, atendendo aos seus efeitos nos processos de ensino e de aprendizagem; - Promover o trabalho colaborativo e a partilha de experiências entre os professores.
Conteúdos
TRABALHO PRESENCIAL 1. Apresentação. Programa da ação, definição global do projeto final, metodologia de avaliação – 1 hora. 2. Competências para o Século XXI e Pensamento Computacional - 2 horas: 2.1. Competências para o século XXI; 2.2. Pensamento computacional: conceitos, caraterísticas e objetivos; atividades de pensamento computacional. 3. Ferramentas de Programação para Crianças - 10 horas: 3.1. Robótica Educativa; 3.2. Ferramentas de programação por blocos adequadas a crianças, suas caraterísticas e exploração das mesmas; 3.3. Planificação e conceção de recursos e atividades, utilizando as ferramentas de programação exploradas, promotores do pensamento computacional; 3.4. Reflexão sobre as metodologias e as atividades construídas e implementadas, analisando as suas potencialidades nos processos de ensino e de aprendizagem. 4. Projeto - 2 horas: 4.1. Análise de exemplos de planificações de atividades de programação no contexto de sala de aula; 4.2. Estratégias e modalidades de avaliação; 4.3. Reflexão crítica sobre o desenvolvimento de projeto suportado por metodologia de aprendizagem ativa, articulando a programação com áreas curriculares. TRABALHO AUTÓNOMO – 15 horas: 1. Pesquisa e pequena síntese escrita sobre Competências para o Século XXI e Pensamento Computacional. 2. Implementação das atividades planificadas nas sessões presenciais, em situações reais de ensino-aprendizagem com alunos. 3. Concretização do projeto final, de forma reflexiva, e envio através de email ou da plataforma Moodle ou similar.
Metodologias
As sessões presenciais são destinadas à exploração do ferramentas digitais de programação e reflexão sobre a articulação entre estas e o currículo; à realização de atividades práticas de partilha, suportadas por um ambiente colaborativo; ao desenvolvimento de atividades de aprendizagem promotoras da colaboração, comunicação e avaliação; à planificação e criação de atividades a implementar na escola, que promovam o desenvolvimento das CD docente e, simultaneamente, dos alunos; à reflexão crítica sobre o desenvolvimento profissional docente. Na componente de trabalho autónomo, pretende-se assegurar a implementação das atividades planificadas nas sessões presenciais, em situações reais de ensino-aprendizagem com alunos, articulando o DigCompEdu com as OCEPE e o currículo do 1º CEB, e a reflexão sobre as práticas desenvolvidas. Na última sessão, os formandos apresentarão os resultados dessas atividades, com evidências, proporcionando-se a discussão e a partilha.
Avaliação
Os formandos serão avaliados utilizando a tabela de 1 a 10 valores, conforme indicado o Despacho nº 4595/2015, de 6 de maio, utilizando os parâmetros de avaliação estabelecidos e respeitando todos os dispositivos legais da avaliação contínua. Escala de avaliação: Excelente - de 9 a 10 valores; Muito Bom - de 8 a 8,9 valores; Bom - de 6,5 a 7,9 valores; Regular – de 5 a 6,4 valores; Insuficiente – de 1 a 4,9 valores. Dimensões a avaliar: i) Participação na ação (contributos e trabalho contínuo realizado ao longo das sessões presenciais) ii) Trabalho escrito individual final (qualidade das atividades produzidas, da descrição das práticas pedagógicas desenvolvidas com os alunos e da reflexão produzida) Creditação final de acordo com o regulamento da modalidade. A certificação da Ação será efetuada de acordo com a legislação em vigor.
Bibliografia
- AA.VV. (2017) – Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. [PDF] Disponível em http://dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/perfil_dos_alunos.pdf - Figueiredo, M., Torres, J. (2015). Iniciação à Programação no 1º Ciclo do Ensino Básico – Linhas Orientadoras. DGE, Lisboa. Disponível em: http://www.erte.dge.mec.pt/sites/default/files/Projetos/Programacao/IP1CEB/linhas_orientadoras.pdf - Ministério da Educação (2016). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Disponível em: https://www.dge.mec.pt/ocepe/sites/default/files/Orientacoes_Curriculares.pdf - Ramos, J.L. e Espadeiro, R.G. (2015) Pensamento computacional na escola e práticas de avaliação das aprendizagens. Uma revisão sistemática da literatura. Disponível em: http://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/14227/1/challenges%202015br.pdf
Anexo(s)
Observações
As datas de começo e término são indicativas. A turma só abre com o mínimo de 12 participantes. Quando a turma estiver formada, far-se-á a Calendarização definitiva. Os formandos serão notificados antecipadamente.
Formador
Manuel Vicente Silva Cunha Calado
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 18-09-2023 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Presencial |
2 | 25-09-2023 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Presencial |
3 | 02-10-2023 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Presencial |
4 | 09-10-2023 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Presencial |
5 | 23-10-2023 (Segunda-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Presencial |